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Cremos que a santificação é a obra de Deus, que transforma os crentes na semelhança de Cristo. Ela é efectuada pela graça de Deus através do Espírito Santo na santificação inicial, ou regeneração (simultânea com a justificação), inteira santificação, na obra contínua de aperfeiçoamento feita pelo Espírito Santo e culminando na glorificação. Na glorificação somos plenamente conformados à imagem do Filho.

Cremos que a inteira santificação é aquele acto de Deus, subsequente à regeneração, pelo qual os crentes são libertados do pecado original, ou depravação, e levados a um estado de inteira devoção a Deus e à santa obediência do amor tornado perfeito.

É operada pelo baptismo com, ou enchimento do, Espírito Santo e envolve, numa só experiência, a purificação do coração de pecado e a presença íntima e permanente do Espírito Santo, capacitando o(a) crente para a vida e o serviço.

A inteira santificação é provida pelo sangue de Jesus, realizada instantaneamente pela graça mediante a fé, precedida pela inteira consagração; e desta obra e estado de graça o Espírito Santo testifica.

Esta experiência é também conhecida por vários termos que representam diferentes aspectos dela, tais como: “perfeição cristã,” “perfeito amor,” “pureza de coração,” “baptismo com, ou enchimento do Espírito Santo,” “plenitude da bênção,” e “santidade cristã.”

10.1

Cremos que há uma distinção bem definida entre um coração puro e um carácter maduro. O primeiro é obtido instantaneamente, como resultado da inteira santificação; o último resulta de crescimento na graça.

Cremos que a graça da inteira santificação inclui o impulso divino para crescer na graça como um discípulo à semelhança de Cristo. Contudo, este impulso deve ser conscientemente cultivado; e deve ser dada cuidadosa atenção aos requisitos e processos de desenvolvimento espiritual e avanço no carácter e personalidade semelhantes a Cristo. Sem tal esforço intencional, o testemunho da pessoa crente pode ser enfraquecido e a própria graça comprometida e mesmo perdida.

Participando nos meios da graça, nomeadamente a comunhão, as disciplinas e os sacramentos da Igreja, os crentes crescem na graça e no pleno amor a Deus e ao próximo.

(Jeremias 31:31–34; Ezequiel 36:25–27; Malaquias 3:2–3; Mateus 3:11–12; Lucas 3:16–17; João 7:37–39; 14:15–23; 17:6–20; Actos 1:5; 2:1–4; 15:8–9; Romanos 6:11–13, 19; 8:1–4, 8–14; 12:1–2; 2 Coríntios 6:14–7:1; Gálatas 2:20; 5:16–25; Efésios 3:14–21; 5:17–18, 25–27; Filipenses 3:10–15; Colossenses 3:1–17; 1 Tessalonicenses 5:23–24; Hebreus 4:9–11; 10:10–17; 12:1–2; 13:12; 1 João 1:7, 9
“Perfeição cristã,” “perfeito amor”: Deuteronómio 30:6; Mateus 5:43–48; 22:37–40; Romanos 12:9–21; 13:8–10; 1 Coríntios 13; Filipenses 3:10–15; Hebreus 6:1; 1 João 4:17–18
“Pureza de coração”: Mateus 5:8; Actos 15:8–9; 1 Pedro 1:22; 1 João 3:3
“Baptismo com o Espírito Santo”: Jeremias 31:31–34; Ezequiel 36:25–27; Malaquias 3:2–3; Mateus 3:11–12; Lucas 3:16–17; Actos 1:5; 2:1–4; 15:8–9
“Plenitude da bênção”: Romanos 15:29
“Santidade cristã”: Mateus 5:1–7:29; João 15:1–11; Romanos 12:1–15:3; 2 Coríntios 7:1; Efésios 4:17–5:20; Filipenses 1:9–11; 3:12–15; Colossenses 2:20–3:17; 1 Tessalonicenses 3:13; 4:7-8; 5:23; 2 Timóteo 2:19–22; Hebreus 10:19–25; 12:14; 13:20–21; 1 Pedro 1:15–16; 2 Pedro 1:1–11; 3:18; Judas 20–21)