21.3

TERCEIRO. Permanecendo em comunhão sincera com a igreja, não invectivando contra as suas doutrinas e costumes, mas estando totalmente submetido a elas e activamente envolvido no seu testemunho e expansão (Efésios 2:18–22; 4:1–3, 11–16; Filipenses 2:1–8; 1 Pedro 2:9–10).

28

A igreja proclama alegremente as boas novas de que podemos ser libertos de todo o pecado para uma nova vida em Cristo. Pela graça de Deus, como cristãos, devemos “despojar-nos do velho homem”—os velhos padrões de conduta, bem como a velha mente carnal — e “revestir-nos do novo homem”—um novo e santo modo de viver, bem como a mente de Cristo.

(Efésios 4:17-24)

28.1

A Igreja do Nazareno pretende transmitir à sociedade contemporânea princípios bíblicos atemporais, de tal modo que as doutrinas e pactos da igreja sejam conhecidos e compreendidos em muitas nações e numa variedade de culturas. Sustentamos que os Dez Mandamentos, como reafirmados no Novo Testamento, constituem a ética cristã básica e devem ser em tudo obedecidos.

28.2

Reconhecemos também que há valor no conceito da consciência cristã colectiva iluminada e dirigida pelo Espírito Santo. A Igreja do Nazareno, como expressão internacional do Corpo de Cristo, está consciente da sua responsabilidade de buscar meios de particularizar a vida cristã de modo a conduzir a uma ética de santidade. Os padrões éticos históricos da igreja são expressos, em parte, nos números seguintes. Devem ser observados cuidadosa e conscientemente como directrizes e ajuda no viver santo. Os que violam a consciência da igreja fazem-no para seu perigo e prejudicam o testemunho dela. Adaptações devido a diferenças culturais devem ser referidas à Junta de Superintendentes Gerais e por ela aprovadas.

28.3

A Igreja do Nazareno crê que este novo e santo modo de viver envolve práticas que devem ser evitadas e actos redentores de amor a serem realizados em prol das almas, mentes e corpos do nosso próximo. Uma demonstração de amor que traz redenção envolve o relacionamento especial que Jesus teve, e ordenou que os seus discípulos tivessem, com os menos favorecidos deste mundo; e que a Sua Igreja deve, primeiramente, manter-se simples e livre de uma ênfase em riqueza e extravagância e, em segundo lugar, dar-se a si mesma para cuidar, alimentar, vestir e abrigar os menos favorecidos e marginalizados. Por toda a Bíblia e na vida e exemplo de Jesus, Deus identifica-se com e assiste aos menos favorecidos, oprimidos e aqueles na sociedade que não podem falar por si mesmos. Do mesmo modo, nós, também, somos chamados a identificar-nos e solidarizar-nos com os pobres. Sustentamos que o ministério de compaixão inclui actos de caridade, bem como um esforço por prover oportunidades, igualdade, e justiça para os menos favorecidos. Cremos ainda que a responsabilidade cristã a favor dos menos favorecidos é um aspecto essencial da vida de todo o crente que busca uma fé que opera pelo amor. Cremos que a santidade cristã é inseparável do ministério aos menos favorecidos e que ela leva o crente para além da sua perfeição individual, no sentido da criação de uma sociedade e um mundo mais justos e equitativos. A santidade, longe de distanciar os crentes das necessidades económicas desesperadoras das pessoas neste mundo, motiva-nos a empregar os nossos recursos ao serviço de aliviar tais necessidades e a ajustar os nossos desejos levando em conta as necessidades de outros.

(Êxodo 23:11; Deuteronómio 15:7; Salmos 41:1; 82:3; Provérbios 19:17; 21:13; 22:9; Jeremias 22:16; Mateus 19:21; Lucas 12:33; Actos 20:35; 2 Corintios 9:6; Gálatas 2:10)

28.4

Ao enumerar as práticas a serem evitadas, reconhecemos que nenhum catálogo, por mais completo que seja, pode pretender abarcar todas as formas do mal em todo o mundo. Portanto, é imperativo que o nosso povo procure seriamente a ajuda do Espírito para desenvolver uma sensibilidade contra o mal que transcenda a mera letra da lei; recordando a admoestação: “Julgai todas as coisas. retende o que é bom; abstende-vos de toda a forma de mal.”

(1 Tessalonicenses 5:21-22)

28.5

Espera-se que os nossos líderes e pastores dêem grande ênfase, nos nossos periódicos e dos nossos púlpitos, a verdades bíblicas fundamentais que desenvolvam a faculdade de discernir entre o bem e o mal.

28.6

A educação é de maior importância para o bem-estar social e espiritual da sociedade. O mandato das escolas públicas é de educar a todos. Contudo, estas são limitadas no que respeita ao seu alcance e, na verdade, mesmo proibidas por regulamentos legais de ensinar os elementos básicos do Cristianismo. Organizações e instituições educativas nazarenas, tais como Escolas Dominicais, escolas (creche até à secundária), centros de cuidados à criança, centros de cuidados a adultos, faculdades e seminários, têm por alvo ensinar os princípios bíblicos e os padrões éticos a crianças, jovens e adultos, de tal modo que as nossas doutrinas possam ser conhecidas. Esta prática pode ser exercida em vez de, ou em adição às, escolas públicas que, frequentemente, ensinam o humanismo secular e negligenciam os princípios respeitantes a um viver santo. A educação de origem secular deve ser complementada pelo ensino da santidade no lar. Os cristãos devem também ser encorajados a trabalhar em e com as instituições públicas, de modo a testificar e a influenciá-las para o reino de Deus.

(Mateus 5:13-14)